Bem vindo ao O Catador de Conchas

Deixe, você, suas pegadas. Se preferir escolha sua concha.

27 de mar. de 2008

Tira a ferradura!

É chegada a época em que as temperaturas caem. E com o fenômeno é chegado o mau-humor. Ou simplesmente mais um motivo para eu reclamar. Uma vez li em algum livro de geografia, que deve encontrar-se empoeirado por alguma prateleira de casa, que o frio estupidifica o homem. Ou ainda que nada disso tenha fundamento e usei isso apenas como subsidio pra que eu pudesse justificar a ausência de paciência com minha pessoa.
Já criei diversas teorias para o fato, mas a que mais me convence é de que ter que participar o dia todo com problemas alheios e ter de resolve-los ou pelo menos tentar tem deixado minha reserva de simpatia no vermelho. É, assim mesmo. Tolerância zero.
Ter que dar respaldo a um caso que não foi criado por você é algo absolutamente irritante. No português claro: consertar a cagada dos outros! Isso tem me tirado do sério nos últimos dias, tenho percebido a falta de preocupação com o próximo. Sem falsa demagogia, mas não estão se quer pensando que depois de você existe eu e depois de mim existe ele. (Preocupação: ato de pré ocupar-se com algo incerto. Bela definição do ilustríssimo Pedro Bial [não o do Big Brother, mas o cronista], mas que funciona apenas em textos bonitos, e impactantes).
Acredito que essa ausência de trabalho em grupo, e da simbiose, que ficou guardada nos livros de biologia, me fez desacreditar na possibilidade de um mundo melhor. Sem ser sensacionalista muito menos dramático, porque posso fazer a minha parte da coleta seletiva, mas é virar a esquina e lá está o cidadão arremessando a maldita bituca pela janela, isso quando não se trata de uma latinha de qualquer coisa indispensável.
Ah, sabe, acho que ter sido arremessado, assim como a bituca, ao mundo não foi a melhor das experiências não, viu. Ver essa seqüência de atrocidades acontecendo sem o menor comedimento me irritou muito. E olha, a ignorância tem tomado proporções sem igual. Não tenho suportado o excesso de simpatia, e não tenho sido simpático, e nem faço questão.

Alguns iriam me dizer: “Benvindo ao mundo aqui fora!” Outros diriam: “Educação? Pra quê?” Teriam aqueles que mandariam eu me trancar num quarto escuro e só saísse de lá quando passasse. Mas certamente teria aquele que completaria meu dia com: “Esqueceu de relinchar, querido!”
* Texto sujeito a erros ortográficos, sem saco para revisão no momento.

20 de mar. de 2008

Amigo de todas as horas

Em 1917, seria criado um marco na vida de qualquer ser submisso a passar pela pré e pós adolescência. A empresa Converse Rubber Company que fora fundada em 1908, na cidade de Malden, estado do Massachusetts, tinha como conceito criar uma linha de calçados esportivos, incluindo o tênis feito de lona e sola de borracha que mais tarde viria a revolucionar o basquete, criando um calçado inovador para a época. No ano seguinte, Charles “Chuck” Taylor, jogador universitário que logo se tornou profissional, juntou-se a Converse e colocou novas idéias para uma versão do tênis que revolucionaria gerações. Ele mudou o desenho da sola para criar mais tração, adicionou uma proteção no calcanhar para melhor apoio e proteção ao tornozelo dos jogadores. Lançado em 1923, o Converse ALL STAR, com sua assinatura foi um sucesso instantâneo, sendo o único tênis usado por todos os jogadores de basquete, profissional ou universitário. Mal sabiam que o uso do tal fenômeno não se restringiria apenas aos jogadores de basquete.
O design básico, o conforto, a durabilidade e funcionalidade foram características que determinaram a escolha do Converse ALL STAR como calçado oficial das forças armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. E o sucesso não parava por aí, na década de 60, Hollywood se encanta e utiliza o calçado com protagonista nas telonas. A distância entre os mundos do esporte e da moda estariam apagados.
O ALL STAR firmou seu espaço nos anos 70, quando ganhou os pés do rock’n roll. Dominou os anos 80, época da moda “vários em um”, década em que algumas personalidades entraram para a história como adeptos dos tênis, entre eles o roqueiro Curt Cobain, do Nirvana, e os integrantes do Ramones, que acabaram recrutando usuários entre os fãs de suas bandas.
Quem diria que o pequeno notável que hoje retorna com toda a força não só nas passarelas, mas também nas ruas e em qualquer lugar em que se olhe, teria uma trajetória dessa? Importantíssimo é ressaltar que o modelo nunca esteve fora de moda, mesmo porque marcou época nos pés de cada um que ousou em colocar ‘o pequeno’.
O tênis deixou de ser apenas o confortável e barato, mas passou a ser o companheiro de aventuras, apesar de não ser Toddynho, dos adolescentes de várias décadas, e deixa sua marca registrada no século XXI, quando não só os jovens utilizam, mas desde crianças até idosos. Transformou-se em um estilo de vida...
...estilo essa é a palavra que se define um usuário de ALL STAR no século XXI. Se os tênis falassem, e fosse juntado pés aleatórios, seria possível se escutar as mais inusitadas e emocionantes histórias vividas pelos protagonistas desse acessório que passou a ser o ingrediente principal do ALL STAR STYLE.

Fonte de pesquisa e adaptação: http://powerfullbrands.blogspot.com/2007/08/all-star.html