Bem vindo ao O Catador de Conchas

Deixe, você, suas pegadas. Se preferir escolha sua concha.

4 de ago. de 2010

Estalactites Humanas


E mais uma vez é chegada a época em que as temperaturas baixam, os narizes congelam, as pontas dos dedos ficam completamente anestesiadas e nem suas 15 meias com desenhos da Disney são capazes de esquentar o seu pé!
Já devo ter postado já algo assim aqui no O Catador de Conchas, sobre o frio, e que ele estupidifica o homem... A tese é verdadeira para a grande massa proletária, e vou explicar por que.
O frio é algo mágico. Acordar e ver as gotas de orvalho no seu jardim de inverno, depois tomar uma banho incrível e super quente na sua jacuzzi, em seguida curtir o aquecedor do seu quarto tomando um chocolate quente ou ainda um fondue. Depois de estar cansado dessa vida você põe seu sapato de bico fino, com calças hypes, e um de seus casacos de pele, e vai dar pinta na Oscar Freire todo trabalhado no cachecol.
Mas não, as coisas não funcionam assim! Você acorda às 6h da madrugada, eu disse 6h! Ok, quentinho dos seus edredons aconchegantes, tem que encarar a escovação de dentes e ir para a faculdade mais fria do universo. Depois encarar a neblina, pegar o ônibus e torcer pra ele não estar cheio e pra não estar garoando pra não gongar o seu cabelo ¬¬.


Rá, todos acharam que acabaria pela faculdade? Mas é claro que não! Eu disse que falaria da classe proletariada! Ai é que vem a emoção, andar quilômetros até o seu trabalho que não possui mais um fumódromo interno desde de a ilustríssima lei do nosso querido Serra, o que faz com que você tenha que ficar resfriado a -8ºC como um tender de Natal da Sadia.


Enfim, mesmo se eu tivesse um casaco de pele não poderia ir trabalhar com ele! Primeiro: odeio o volume das roupas de inverno, elas me engessam e travam meus movimentos, me tornando mais atrapalhado do que sou. Segundo: fato que do jeito que sou cagado a empresa me proibiria de entrar porque ela seria sócia de alguma ONG de proteção aos animais!


Enfim, gosto do frio, só na tenho uma jacuzzi ¬¬

28 de jul. de 2010

Beatiful, Dirty and Rich

Oi, meu nome é Marcus Vinícius e eu sou bipolar! Quero que o mundo acabe hoje, mas não antes do bar fechar!

BANG! BANG! (let's have fun!)

Frase de ano eleitoral: "Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente pela mesma razão!" - Eça de Queiroz

26 de jul. de 2010

Os ouvidos que sentem


Ai, hoje não um dia de muita inspiração, mas preciso desabafar. Talvez vocês possam me entender.



Sabe, eu não posso reclamar da minha trajetória dentro da empresa onde trabalho. Estava inclusive lendo os posts antigos do O Catador de Conchas e me deparei com o texto que falava da minha contratação para a Atento Brasil. Fiz uma carreira em pouquíssimo tempo lá, em 3 meses já não atendia clientes, em 6 meses conquistei minha primeira promoção, em 11 já era supervisor de uma equipe de 30 funcionários e fui ganhando o meu espaço.
E, talvez, eu tenha sido um dos supervisores que mais ‘apanhou’: hora por ser gay, hora pelo meu cabelo, hora pelo meu jeans justo rasgado, hora por resultados, processos, enfim. Acabei me acostumando com essa constante pressão e horas de trabalho a fio. Não, sei, existe louco pra tudo.
Há uma semana recebi minha terceira promoção em menos de três anos, fiquei super empolgado, adorei o cargo de analista de operações, mas nos últimos dias me sinto completamente jogado, sem direcionamento nenhum. Sabe, minha chefe esses dias disse pra mim que eu não trabalhava durante a semana e que minha função se restringia à treinamentos de reciclagem durante os sábado. Porra, então me demande mais funções, nunca fui de pedir arrego por não agüentar com todas as demandas que me eram passadas.
Hoje simplesmente enrolei o dia todo, criando funções para não ficar parado, fiz análises de planejamento e coisas que não competem a mim. Cheguei ao ponto de hoje (segunda-feira [quem trabalha em Contact Center sabe a loucura que é de segunda!]) sair pra ir fazer as unhas no meu horário de almoço sem pressa alguma (pasmem!). E não agüento mais todo mundo que passa por mim e falar: “Nossa, como você está diferente, você não é mais o mesmo...”. Com o perdão da palavra: Caraleo(!) continuo sendo eu mesmo, e não devo satisfação à ninguém.
Quem me conhece sabe o quanto independente eu sou e procuro ser, odeio depender de outras pessoas para me sentir bem. Tenho amigos incríveis, companhias maravilhosas, e isso me basta. Hoje cheguei a pensar em namorar (pasmem número dois!) pra ver se eu preencho esse vazio. É como se tudo isso não me fosse o suficiente. Não sei, tem um oco em algum lugar aqui. Sim, sou sexualmente bem resolvido.

E como vocês não são obrigados a aguentar minha chatisse, fica a indicação de hoje:

Tópaz - O maior idiota do mundo

22 de jul. de 2010

Tirando o pó e as teias de aranha

E aqui estou novamente com o objetivo de manter esse blog. Depois de anos sem utilizá-lo resolvi reativar como um lugar pra desabafar, fazer rir, relatar, criticar e praticar um pouquinho do jornalismo como futura profissão.

E para recomeço não pesquisei nenhuma pauta fenomenal. Gostaria apenas de falar um pouco sobre ferramentas sociais na internet. É incrível como elas se tornam algo compulsivas. Lembro, que, nos meus 13, 14 e 15 anos não via a hora de chegar em casa para entrar no MSN, descobrir pessoas novas, conversar com meus amigos. De fato tenho amigos que conheci nessa época e que converso até hoje, e pra ser sincero converso diariamente com apenas um. O fato é que hoje tenho pânico do MSN, o barulhinho me irrita, e não tenho saco pra isso.

Depois veio a febre do ORKUT, diputava entre meus colegas quem tinha o maior número de amigos e de scrap, era como uma disputa pra ver quem era mais popular. Entrei no trabalho ai fodeu! Uma gama de gente estranha e com fotos bizarras e geralmente com tijolos de plano de fundo começaram a me adicionar. Na maior parte das vezes eram pessoas carentes e que me enviavam aqueles cartões animados cheio de bichinhos pulando. Começou a me irritar também. Solução: excluí-las. Problema: elas me readicionavam! Hoje utilizo apenas como album de fotos e pretendo em breve criar um novo apenas para pessoas que realmente eu mantenha algum tipo de contato.

Hoje sofro com o vício do TWITTER! Mal posso esperar pra chegar do trabalho e abrir a página do aplicativo, ver se alguém me 'tuitou' ou se 'retuitou' algo meu. Além de poder desabafar e falar coisas sem o menor pudor. Posso escolher quem sigo e quem quero que me siga. Devo confessar que por algumas vezes tentei abrir o TWITTER da empresa. Tentativas frustradas.

Não consigo gostar do FACEBOOK, apesar de tê-lo. Abro apenas para aceitar novos amigos e afins. É engraçado como essas ferramentas nos fazem sentir donos do mundo. É gerencial, e manipulador. É incrível.

Bom, para um post de boas vindas e o retorno do O Catador de Conchas, está bom, não é?

Até uma próxima.

10 de abr. de 2008

Vende-se a minha mãe

A idéia é basicamente essa mesma. A criatividade deixou o lugar para o chamado ‘marketing agressivo’. Hoje é raro se ver, e porque não ouvir, alguma chamada de algum produto, que desperte a vontade de comprar nem que seja apenas para experimentar, pois a propaganda desencadeou desejo.
A publicidade bem feita como eram os ‘banners’ e ‘outdoors’ antigos daqueles se via nos velhos filmes Hollywoodianos e como não citar as propagandas que marcaram gerações e até história, popularizando o folclore, como é o caso do famoso Papai Noel. Ou você sempre achou que a roupa dele é vermelha porque é a última moda no Pólo Norte (ou Sul???), enfim, nada mais é do que uma criação da indústria de vendas Coca-Cola.
Difícil se encontrar a qualidade em termos de criação que se tinha na era do ‘Alfreeedooooo’, do ‘Leite condensado, caramelizado com flocos crocantes, coberto com o delicioso chocolate Nestlé’, o clássico ‘Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles num pão com gergelim... ’, o antológico ‘Pipoca na panela começa a arrebentar; pipoca com sal: que sede que dá; pipoca e guaraná: que programa legal, só eu e você... ’ ou coisas mais antigas ainda que fossem realizadas sem nenhum recurso: o tubarão do filme era de resina, a capa Super-homem era movimentada por ventiladores, ou então a ausência de apelo da Yakult.
Aliás, a Coca tem sido uma das grandes decepções publicitárias, a empresa que já foi protagonista de propagandas de tamanha sensibilidade desde a criação do Santa Claus até o Urso Polar que sem um abridor de garrafa bebe a o refrigerante em embalagem retornável. Além da última bem feita do simulador de GTA (um jogo qualquer aí), quando ao tomar o refresco o malfeitor muda de personalidade, genial. Porém de tempos pra cá a Coca tem surtado em línguas e olhos com pés que conversam sobre o sabor da coca zero, e em uma fábrica de seres não identificáveis que produzem o líquido dentro das famosas geladeiras que disponibilizam o produto. Particularmente: sem nenhum feeling.
Entretanto quando comparado com o ‘delicioso Dolly, Dolly Guaraná, Dolly, o melhor’, passa a ser uma produção Sheakspeariana, afinal o que pode competir com o ‘Dollynho, seu amiguinho’.
O que era pra ser apenas um recurso tornou-se praticamente uma obrigação quando se fala de telecomercial. Os efeitos especiais, que vieram para ajudar a abrilhantar a criatividade dos publicitários, tornaram-se regra, onde é possível se assistir uma chamada sem nenhum take propriamente gravado, todo baseado em efeitos e animações. Isso quando os efeitos não cuidam de criar mulheres ilusórias que se esfregam na garrafa suada que servem apenas para alimentar a imaginação masculina nas temidas propagandas de cerveja. Tolinhos, elas são feitas em computador e não seguindo a tradicional receita.
E quando nem mesmo o ócio vira clichê com o ‘ócio criativo’ surgem as atrocidades que empreguinam na sua cabeça devido a repetitividade, no caso dos calçados Ipanema: ‘Só Ipanema tem as anatômicas, só Ipanema tem as anatômicas, só Ipanema tem...’.
Bom, o fato é que gênios publicitários como o criador do símbolo da Nike e toda a história que existe por trás do logo (Quando se é criança o que mais se espera ao receber uma prova??? O sinal de certo. Pois é, você pode ter sido influenciado a comprar um tênis da marca, pois ficou embutida a idéia de que você estaria ‘certo’ ao utilizar o produto. Ou simplesmente a sociedade te impôs isso).
O que se vê são os pavorosos merchandises sem nenhum vínculo que desperte sentimentos em você. O máximo que o divulgador do produto pode fazer é ralar uma cenoura e fatiar berinjelas no incrível multiprocessador ou ainda mostrar fotos de seios antes e depois da cirurgia de silicone.
Isso quando a insistência da apresentadora de qualquer ‘Best Shop TV’ ou ‘Polishop’ não te obriga a comprar uma magnífica Centrífuga para moer frutas ou ainda uma indispensável omeleteira.
Um primeiro passo foi dado, e isso deve-se reconhecer do governo atual, que foi a lei popularmente conhecida como cidade limpa, que deixou a cinza São Paulo pouco mais bonita, retirando outdoors que esfarelavam e estavam a ponto de cair em cabeças alheias. Mas, como nem tudo são flores a lei tem seu ponto fraco quando obriga a padronização de fachadas, limitando ainda mais alguma divulgação que poderia encher os olhos de algum consumidor compulsivo. Mas a cidade está visualmente limpa, e é o que importa!

E atenção senhores publicitários, a minha direção acaba de autorizar o pedido de criatividade dos senhores. E não é só isso (!!!!): fica registrado um elogio aos responsáveis pela divulgação das empresas de telefonia móvel.

27 de mar. de 2008

Tira a ferradura!

É chegada a época em que as temperaturas caem. E com o fenômeno é chegado o mau-humor. Ou simplesmente mais um motivo para eu reclamar. Uma vez li em algum livro de geografia, que deve encontrar-se empoeirado por alguma prateleira de casa, que o frio estupidifica o homem. Ou ainda que nada disso tenha fundamento e usei isso apenas como subsidio pra que eu pudesse justificar a ausência de paciência com minha pessoa.
Já criei diversas teorias para o fato, mas a que mais me convence é de que ter que participar o dia todo com problemas alheios e ter de resolve-los ou pelo menos tentar tem deixado minha reserva de simpatia no vermelho. É, assim mesmo. Tolerância zero.
Ter que dar respaldo a um caso que não foi criado por você é algo absolutamente irritante. No português claro: consertar a cagada dos outros! Isso tem me tirado do sério nos últimos dias, tenho percebido a falta de preocupação com o próximo. Sem falsa demagogia, mas não estão se quer pensando que depois de você existe eu e depois de mim existe ele. (Preocupação: ato de pré ocupar-se com algo incerto. Bela definição do ilustríssimo Pedro Bial [não o do Big Brother, mas o cronista], mas que funciona apenas em textos bonitos, e impactantes).
Acredito que essa ausência de trabalho em grupo, e da simbiose, que ficou guardada nos livros de biologia, me fez desacreditar na possibilidade de um mundo melhor. Sem ser sensacionalista muito menos dramático, porque posso fazer a minha parte da coleta seletiva, mas é virar a esquina e lá está o cidadão arremessando a maldita bituca pela janela, isso quando não se trata de uma latinha de qualquer coisa indispensável.
Ah, sabe, acho que ter sido arremessado, assim como a bituca, ao mundo não foi a melhor das experiências não, viu. Ver essa seqüência de atrocidades acontecendo sem o menor comedimento me irritou muito. E olha, a ignorância tem tomado proporções sem igual. Não tenho suportado o excesso de simpatia, e não tenho sido simpático, e nem faço questão.

Alguns iriam me dizer: “Benvindo ao mundo aqui fora!” Outros diriam: “Educação? Pra quê?” Teriam aqueles que mandariam eu me trancar num quarto escuro e só saísse de lá quando passasse. Mas certamente teria aquele que completaria meu dia com: “Esqueceu de relinchar, querido!”
* Texto sujeito a erros ortográficos, sem saco para revisão no momento.

20 de mar. de 2008

Amigo de todas as horas

Em 1917, seria criado um marco na vida de qualquer ser submisso a passar pela pré e pós adolescência. A empresa Converse Rubber Company que fora fundada em 1908, na cidade de Malden, estado do Massachusetts, tinha como conceito criar uma linha de calçados esportivos, incluindo o tênis feito de lona e sola de borracha que mais tarde viria a revolucionar o basquete, criando um calçado inovador para a época. No ano seguinte, Charles “Chuck” Taylor, jogador universitário que logo se tornou profissional, juntou-se a Converse e colocou novas idéias para uma versão do tênis que revolucionaria gerações. Ele mudou o desenho da sola para criar mais tração, adicionou uma proteção no calcanhar para melhor apoio e proteção ao tornozelo dos jogadores. Lançado em 1923, o Converse ALL STAR, com sua assinatura foi um sucesso instantâneo, sendo o único tênis usado por todos os jogadores de basquete, profissional ou universitário. Mal sabiam que o uso do tal fenômeno não se restringiria apenas aos jogadores de basquete.
O design básico, o conforto, a durabilidade e funcionalidade foram características que determinaram a escolha do Converse ALL STAR como calçado oficial das forças armadas americanas durante a Segunda Guerra Mundial. E o sucesso não parava por aí, na década de 60, Hollywood se encanta e utiliza o calçado com protagonista nas telonas. A distância entre os mundos do esporte e da moda estariam apagados.
O ALL STAR firmou seu espaço nos anos 70, quando ganhou os pés do rock’n roll. Dominou os anos 80, época da moda “vários em um”, década em que algumas personalidades entraram para a história como adeptos dos tênis, entre eles o roqueiro Curt Cobain, do Nirvana, e os integrantes do Ramones, que acabaram recrutando usuários entre os fãs de suas bandas.
Quem diria que o pequeno notável que hoje retorna com toda a força não só nas passarelas, mas também nas ruas e em qualquer lugar em que se olhe, teria uma trajetória dessa? Importantíssimo é ressaltar que o modelo nunca esteve fora de moda, mesmo porque marcou época nos pés de cada um que ousou em colocar ‘o pequeno’.
O tênis deixou de ser apenas o confortável e barato, mas passou a ser o companheiro de aventuras, apesar de não ser Toddynho, dos adolescentes de várias décadas, e deixa sua marca registrada no século XXI, quando não só os jovens utilizam, mas desde crianças até idosos. Transformou-se em um estilo de vida...
...estilo essa é a palavra que se define um usuário de ALL STAR no século XXI. Se os tênis falassem, e fosse juntado pés aleatórios, seria possível se escutar as mais inusitadas e emocionantes histórias vividas pelos protagonistas desse acessório que passou a ser o ingrediente principal do ALL STAR STYLE.

Fonte de pesquisa e adaptação: http://powerfullbrands.blogspot.com/2007/08/all-star.html