Bem vindo ao O Catador de Conchas

Deixe, você, suas pegadas. Se preferir escolha sua concha.

16 de jan. de 2008

Diante do espelho, não uma fotocópia.

Sabe que, eu sempre fui muito crítico. Sim, não apenas crítico, mas autocrítico, e acredito que isso fez com que eu tenha limitado muito minha ponte de relacionamento com pessoas e possa até ter me tornado um pouco ranzinza.
Mas quem se importa? Certas coisas na vida funcionam como aquela unha do seu pé que você não gosta muito, mas ela já vem com você. Trabalhei por um tempão esse meu auto conhecimento, sendo até hipócrita quando tentava por meios corrigir minha auto correção, dá pra entender? Enfim, consegui libertar-me um pouco dessa cobrança que sempre tinha comigo mesmo. Afinal deveria ser eu, e não quem os outros queriam que eu fosse.
Acredito que a isso deveu-se imposições que recebo desde pequeno, desde muito pequeno mesmo, quando tinha um sério problema de relacionar-me com garotos da minha idade, e fazer coisas comuns que pessoas comuns da minha idade faziam. Percebia o quão felizes eram por jogar bola ou empinar pipa, por exemplo, coisas pelas quais não conseguia extrair o prazer que eles obtinham.
Os adultos, ah, eu gostava mesmo era de estar entre eles, ouvir o que de tão importante eles conversavam, acho que sonhava em ser um deles, enquanto os garotos corriam atrás da bola, fosse de futebol ou de gude, eles corriam atrás. Caso me fosse vedada a opção adultos, preferia me divertir com um pote de guache, massinha, giz de cera e muitas sulfites.
Enfim, depois de tantas correções e reflexões, sobrevivi, e gostaria que esse cantinho aqui não se tornasse um livro de autocríticas, mas sim um lugar com a minha cara, onde eu possa expressar o que penso, sinto, e não o que os outros vão pensar de mim e o que devo sentir.


Eu e a minha dificuldade de sociabilização.

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