Bem vindo ao O Catador de Conchas

Deixe, você, suas pegadas. Se preferir escolha sua concha.

18 de jan. de 2008

Corte e escova?

Não é necessário me conhecer há muito tempo pra saber que fui criado num ambiente onde as pessoas pagam para saírem mais belas. Em geral mulheres. Dizem que está ligado a auto-estima, e coisas parecidas com tal.
Enfim, passado minha infância dentro de salões de cabeleireiros, tudo isso graças à herança familiar, acabei que de certa forma adquirindo alguma experiência no que diz respeito a cabelo.
Chegaram meus 16 anos e com eles vieram a necessidade de ser ‘independente’ e de auto-suficiência (mesmo que continuasse a morar com meus pais, e fosse sustentado pelos mesmos), mas queria ter o meu dinheiro para poder sair pra onde quisesse, sem ter que fazer grandes implorações. Ótimo, dizem por aí que a necessidade faz o vilão. Tinha um plano, mas não a idéia. O plano era: “Ora, estudo de manhã e trabalho à tarde”. Perfeito! Ele só falhava quando a pergunta era: “Trabalho de quê?”. Pra mim isso parecia ser o de menos.
Eis que em uma das visitas semanais à casa de minha avó, em São Paulo, um amigo meu (que considero como primo) estava abrindo o seu próprio salão de cabeleireiros. Ele tinha manicura, depiladora, e ele mesmo o cabeleireiro. Faltava apenas um auxiliar para os dias mais cheios, como os sábados.
EUREKA!
Trabalharia apenas aos sábados, ganharia meus trocados para eventuais saídas, e ainda teria ele como álibi me aperfeiçoando na técnica! Tudo caminhava para a perfeição. E assim foi.
Quando no final do ano passado recebo um convite para trabalhar em um salão aqui em São Bernardo, não sabia se estava preparado, uma vez que há tempos não trabalhava com cabelos (depois de 6 meses abandonei o cargo e resolvi que trabalharia com crianças, afinal, tinha nascido para trabalhar com crianças! Tolinho...). Resolvi dar a cara à tapa e fui. Fiz o teste e passei.
Sabe que é bem divertido, hoje ouço mulheres reclamando dos maridos, empregadas, amigas. Sim, elas contam sem o menor pudor, pra nós, confidentes cabeleireiros, que traem os maridos, uma vez que eles só pensam no trabalho e na pelada com os amigos. Sem falar daquelas que sem nenhuma vergonha afirmam que buscavam novas experiências.
As histórias sobre empregadas nem sempre são as mais engraçadas, já que sempre rodam sobre o mesmo eixo: “Ela não sabe tirar o pó.” “Meniiiino, você não sabe, minha casa está um chiqueiro”.
Mas têm aquelas mais reservadas, também, que contentam-se apenas em folhear uma ‘Caras’.
Bom, e pra finalizar, uma dado que me surpreendeu muito, é a quantidade de homens que têm freqüentado os salões. Sim, homens! E não se iluda pensando que vão apenas como acompanhantes das esposas não, pois além de fiscalizar suas respectivas, fazem questão de dar um trato nos pés e mãos, fazem relaxamento, luzes, e até limpeza de pele!

Essa tal de auto-estima deve funcionar mesmo, né? E viva a vaidade!

3 comentários:

Careli disse...

Eu aodor salão de cabelereiros, e não te imagino em um.

Vou link'ar você no Porco e Pimenta, fique a vontade pra comentar, eu farei o mesmo sempre que me der na telha. a escola vai ser mais hetero sem você, brincadeira (risos)

Até mais, senhora catastrofe.

ps; Ah! vou aproveitar e ver o blog do Tio Ed *¬*

Edson Bezerra disse...

Então, em dezembro escrevi um texto e lembrei quando li o seu.

Se quiser, leia lá.

http://edson-bezerra.blogspot.com/2007/12/os-bons-de-papo.html

abraço

Careli disse...

HAHAHA

a Luciana Gimenez é uma diva XD