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10 de fev. de 2008

A saída mais fácil

“Quando conspira, tudo conspira pro mal. É doloroso, lento, e sutil. Tão sutil como um punhal que acaba de ser fincado peito a dentro.
Família, instituição falida no século XXI, algo a que já se deu tanto valor, hoje em 2313 já não se vê um futuro que recupere nem que a volte colocar no seu devido patamar.
Não há o que, na época, se chamava de florestas, o calor destruiu com tudo, dizem que nós seres humano tivemos que ser adaptados em laboratórios que cobraram fortunas para solucionar o problema no falido século XXI. A partir de então dizem que a humanidade se tornou maquinada, e conta a história que no tal século XXI já começamos a nos tornar maquinados, só que com a presença de chips em nossos corpos, a coisa tem ficado pior, ou melhor. Sem eles, não teríamos resistido ao calor, nem à sede.
O mundo não anda bem das pernas em 2313, mas me disseram que desde 2008 não andava. Queria conhecer um fenômeno que no passado chamavam de chuva. Dizem ser algo muito bonito. Foi quando o tempo entrou em coma, o céu foi tomado, e poucos conseguiram fugir, apenas os que haviam sido chipados conseguiram, foi lá quando se viu a última chuva.
Mas nem tudo vai tão mal, ainda se consegue ter um breve instante como um presente que se ganha, mas nunca se abre, apesar do conhecimento estar corrompendo o pouco que sobra desta sociedade que tenta a qualquer custo voltar ao tempo.
A saída de emergência está lacrada.

Me passe a navalha, e chega de dar tanto a valor à tudo, só há uma forma de voltar ao tempo, quando essa sangria chegar ao fim, serei um a menos no mundo.”
*Sem conserto - Lúcio Maia

Um comentário:

Unknown disse...

haaaam... conteúdo interessante...

baixe a música "905" do The Who... tem tudo a ver... ou deixa que te passo ela outra hora...

abração!