Bem vindo ao O Catador de Conchas

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16 de fev. de 2008

Desabafo Paradoxal

É algo estranho. Abra a geladeira e veja apenas aquela garrafa de água azul, e nada mais! Dá pra imaginar? Então retroceda. Você está com muita fome, e vai com muito entusiasmo à geladeira e quando abre: apenas a garrafa azul de água. O que eu quero com isso? Que você entenda o que é solidão.
Não acho que não foi o suficiente. É assim, me sinto rodeado por pessoas, bastante mesmo, mas nunca me senti tão só. Sabe aquela história que você sempre achou ridícula da tampa da sua panela, azeitona da empada, chinelo confortável pra um pé descalço. Chega uma fase da vida que isso começa a ter algum fundamento. E olha, que fase que nos faz abrir os olhos e ter de encarar a vida, viu. Você já não vê mais seus amigos diariamente, apesar dessa nova fase te mostrar pessoas novas, é difícil entender que seus amigos que conviveram com você durante a escola, uma época louvável, marcada por surtos, amadurecimento e principalmente fazer coisa errada escondido, já não estão ali, presentes.
O ser humano é muito prepotente. Juramos o que não conseguimos cumprir, juramos amizade eterna, sendo que não somos tão fortes assim para segurar o tempo, e fazer com que a vida de cada um se adapte a sua, e que nada muda. E é assim com o amor, coisa que prefiro nem entrar no mérito.
Amor? Quem conhece o amor? Curso pra saber amar, é algo que não pode ser ministrado, não tem tamanho, nem fim. Mas independente de qualquer coisa, ame seus amigos, esses sim vão saber o que dizer pra você.
O mundo não pára, e o tempo também, tudo poderia ser muito mais fácil, como pegar um ônibus e descer na estação subseqüente. Mas essa nave em que estamos infiltrados não tem freio, e não dá pra pular da janela, ainda tem muita estrada pra ser percorrida.
Reciclar é preciso. Não, não a palavra da moda que é utilizada como tema de redações de vestibular, nem aquela que serve pra alguns se promoverem por meio de ações hipócritas, mas a reciclagem do ser humano. Queremos apenas evoluir a cada dia, esquecendo que pra isso é necessário um balanço, onde se retira as partes ruins e o que não foi bom, e tentar extrair desse ‘lixo’ alguma lição, não dessas de moral, mas uma lição que fará a sua evolução. Acredito que assim é a evolução completa, e se alguém algum dia conseguir me conte.
Quando se é criança, o gira-gira é a grande atração do parque, mas na realidade não passa de uma mensagem subliminar, mostrando a rotatividade de pessoas na sua vida, abrindo seus olhos pra dizer que nem tudo é pra sempre, uma hora alguém tem que descer do brinquedo, e voltar pra casa.
Seria tão bom se eu pudesse não parar o gira.

Eu sinto a falta de vocês, meus amigos.

3 comentários:

Edson Bezerra disse...

Parabéns, foi um dos texto mais bonitos que li esses últimos tempos em blogs.

Vc escreve bem. Merece destaque.

Anônimo disse...

Viini .
sempre adorei os seus textos =]
esse ta muito bom . serio mesmo .
gostei DEMAIS .



beiijos !

Natália Rodrigues disse...

Viiini!
Não sabia que vc tinha um blog, cara!


gostei do texto =P Escolher as palavras certas para expressar o que se quer é um dom, fique feliz por tê-lo ;PP

beijooos!